quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lamentos de um açude



No centro de Salgueiro
Há lamentos de um açude.


Abandonado, ameaçado de extinção
Quem tantas vezes matou 
A sede de um povo geme e nos gemidos,
Gritos de dor.


O homem do progresso  tem ouvidos fechados, 
Pouco entende o valor da preservação.


E o Açude Velho pergunta:


Onde estão os banhistas?
Onde estão os pescadores?
Onde estão os que saciaram a sede e mataram a fome com os peixes das minhas águas?


Salgueiro segue silêncioso...
O mesmo Salgueiro que cala diante de injustiças
Também não levanta a voz contra a poluição.




       Autor: Wilson Monteiro

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